Atiradores aterrorizam tropas americanas

Ataques são gravados por militantes iraquianos que divulgam os vídeos na internet e os enviam para emissoras de televisão

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Além dos atentados a bomba, as tropas americanas no Iraque enfrentam agora a ação de atiradores de longa distância, os snipers, que já mataram dezenas de soldados. A rede de televisão CNN obteve um vídeo com dez ações desses militantes, gravadas por eles próprios, provavelmente para fazer propaganda. As cenas mostram soldados norte-americanos caminhando entre civis enquanto o atirador espera o momento exato do tiro. Quando o alvo é atingido, ouve-se a frase em árabe "Allahu Akbar", ou deus é grande, e imediatamente o carro com o atirador e o cinegrafista deixa o local. Normalmente, os tiros são precisos e atingem regiões não protegidas por capacetes. A rapidez dos ataques impedem que os autores sejam identificados. Um dos militantes, que os americanos apelidaram de Juba, ganhou notoriedade por divulgar seus ataques na internet. Por suas ações, passou a ser reconhecido pelo povo iraquiano como um herói de resistência à ocupação. A tática de usar atiradores de longa distância é também um dos instrumentos dos americanos para eliminar adversários. O sargento aposentado Jack Coughlin lançou recentemente um livro descrevendo suas experiências como sniper no Iraque. À CNN, Coughlin fez uma análise da ações mostrada no vídeo. Disse que os disparos foram feitos a grande distância e que e equipe é formada por no mínimo três pessoas. "São bem treinados, porque demonstram calma na hora de atirar", afirma. O Militar aposentado aponta o contra-ataque como a melhor forma de prevenir essas ações. "O pior inimigo de um sniper é outro sniper", completa. Nessa terça-feira, foram mortos 11 soldados norte-americanos, o que reforça a previsão de que outubro pode ser o mês mais sangrento para as tropas desde novembro de 2004.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.