Atiradores de San Bernardino eram 'radicalizados havia algum tempo', diz FBI

Diretor assistente da agência em Los Angeles diz que ampla investigação tenta averiguar como o casal se radicalizou e se outras pessoas estiveram envolvidas no 'planejamento prévio' do ataque

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LOS ANGELES - O FBI (polícia federal americana) afirmou na segunda-feira, 7, que os dois autores do tiroteio de San Bernardino, na Califórnia, no qual morreram 14 pessoas na quarta-feira, haviam se "radicalizados há algum tempo", sem detalhar quando começou esse processo. Em entrevista coletiva, o diretor assistente do FBI em Los Angeles, David Bowdich, disse que a investigação tenta averiguar como aconteceu a radicalização e se esse processo foi encorajado por alguém.

Bowdich também assinalou que os dois autores do massacre, o americano Syed Farook e sua esposa, a paquistanesa Tashfeen Malik, participaram de práticas de tiro na área de Los Angeles, uma delas poucos dias antes do massacre. O responsável do FBI ressaltou que a investigação é "enorme", que foram realizadas 400 entrevistas até agora e destacou também que encontraram evidências de "planejamento prévio" do ataque.

Moradores de San Bernardino fazem homenagem às 14 vítimas do ataque de quarta-feira passada Foto: REUTERS/Patrick T. Fallon

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"Queremos descobrir todos os que puderam participar do planejamento prévio, se houve alguém mais, que não sabemos ainda", acrescentou Bowdich.

O diretor assistente esclareceu que o FBI não sabe qual dos dois atiradores estava no comando e disse que não encontraram provas de uma conexão fora do que se investiga nos Estados Unidos.

Bowdich também elevou a 19 o número de dispositivos que foram encontrados no domicílio dos atiradores em Redlands (Califórnia) que poderiam ter sido usados como bombas caseiras.

Por outro lado, os investigadores descobriram que dois dos rifles dos suspeitos pertenciam a um amigo do casal, Enrique Márquez, razão pela qual agora o FBI tenta averiguar como essas armas chegaram às mãos dos atiradores.

Neste sentido, reportagem do jornal Los Angeles Times assegurou, citando fontes da investigação, que Márquez foi internado em um sanatório após o tiroteio e o FBI acredita que foi ele quem deu a Farook e Tashfeen duas armas semiautomáticas. / EFE

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