Atiradores metralham delegacia no Sinai

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

Atiradores metralharam uma delegacia na Península do Sinai nesta quinta-feira e provocaram um tiroteio com a polícia antes de escaparem para o deserto em picapes, no mais recente ataque contra autoridades egípcias na região. O ataque ocorre no momento em que o governo egípcio enviou milhares de soldados e policiais para reforçar a segurança no Sinai, onde no final de semana passado agressores mataram 16 guardas na fronteira com Israel e fugiram pelo deserto. O presidente egípcio Mohammed Mursi demitiu o chefe da espionagem e o governador do norte do Sinai após os ataques.Ninguém ficou ferido no ataque desta quinta-feira. Helicópteros estão dando apoio a soldados que saíram à caça dos militantes nas montanhas.O governo egípcio também disse que engenheiros do exército estão preparando a destruição e o fechamento da complexa rede de túneis e catacumbas entre o Egito e a Faixa de Gaza, que durante mais de uma década têm sido usados para contrabandear armas, pessoas e mercadorias básicas, evitando os controles de fronteira do Egito e de Israel com o território palestino. As autoridades egípcias que falaram sobre a destruição dos túneis deram a informação sob anonimato.Vastas regiões do Sinai, uma península desértica e montanhosa, ficaram sem policiamento e controle militar após a queda do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011. Após a derrota do governante líbio Muamar Kadafi, no segundo semestre do ano passado, uma grande quantidade de armas contrabandeadas da Líbia foi enviada ao Sinai e caiu nas mãos das tribos de beduínos. Além disso, proliferaram na península grupos inspirados na rede terrorista Al-Qaeda, que conduzem uma luta sem quartel contra as tropas egípcias. Os grupos já realizaram ataques através da fronteira contra Israel.As informações são da Associated Press.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.