27 de julho de 2010 | 08h34
Assange deu como exemplo as operações da chamada Força Tarefa 373 - que qualificou como "um esquadrão da morte" das forças especiais norte-americanas -, encarregado de assassinar uma série de pessoas incluídas em uma lista arbitrária. "Mataram pelo menos sete crianças e outros inocentes", denunciou o fundador do WikiLeaks, que ressaltou também que algumas pessoas eram incluídas nessa lista "por recomendação de governos locais ou de outras autoridades com poucas provas e sem supervisão judicial".
O site WikiLeaks conseguiu concretizar o sonho de seus fundadores ao revelar 92 mil documentos secretos norte-americanos sobre a guerra do Afeganistão. Em menos de 48 horas, a organização sem fins lucrativos, que já havia divulgado outras informações e vídeos sensíveis, transformou-se em um importante ator político nos EUA.
O australiano Julian Assange, um dos controladores do WikiLeaks, celebrava o resultado do vazamento dos documentos, comparando-os aos Papéis do Pentágono, que foram divulgados em 1971 e alteraram de forma definitiva a maneira pela qual os norte-americanos encaravam a Guerra do Vietnã.
Fundada há três anos, a organização opera de uma forma similar à Wikipédia em alguns pontos. Há colaboradores espalhados pelo mundo. A diferença em relação à enciclopédia virtual está no mecanismo de coleta de informações. Pessoas com documentos que contêm revelações importantes podem colocar tudo no site, sem precisar se identificar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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