27 de setembro de 2013 | 10h36
Sudaneses pedem a renúncia do presidente Omar al-Bashir. Foto: Khalil Hamra /AP
CARTUM - Dois grupos de defesa de direitos humanos acusaram nesta sexta-feira, 27, a polícia do Sudão de ter matado ao menos 50 pessoas nesta semana. Segundo a Anistia Internacional e o Central Africano de Estudos de Justiça e Paz, as autoridades frequentemente "atiravam para matar" quando agiam para conter os manifestantes no país.
Os protestos tomaram as ruas do país nos últimos dias em reação ao corte nos subsídios aos combustíveis. Os dois grupos pediram que as autoridades acabassem com a violenta repressão contra manifestantes. Segundo os ativistas, grande parte dos 50 mortos em dois dias de manifestações tinham entre 19 e 26 anos. Em resposta a violência da polícia, muitas pessoas voltaram às ruas nesta sexta-feira e pediram a deposição do presidente do Sudão, Omar al-Bashir.
Na quinta-feira, Bashir cancelou seu pronunciamento na Assembleia-Geral das Nações Unidas. O presidente tem contra ele dois mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra na região de Darfur, onde cerca de 300 mil pessoas morreram desde 2003. / AP
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