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Ativistas protestam contra medidas antiimigrantes na Virgínia

Projetos de lei pretendem penalizar os imigrantes, impedindo o seu acesso aos serviços públicos como habitação, educação e saúde

Por Agencia Estado
Atualização:

Ativistas comunitários e defensores de direitos humanos anunciaram na quinta-feira (nos Estados Unidos) que vão promover uma série de protestos contra iniciativas antiimigrantes em debate na Assembléia Legislativa da Virgínia (EUA). Os projetos de lei pretendem penalizar os imigrantes, impedindo o seu acesso aos serviços públicos como habitação, educação e saúde, e receberam a rejeição da comunidade hispana. "O estado está vivendo a mais agressiva campanha antiimigrante de sua história", afirmou em entrevista coletiva Ricardo Juárez, coordenador geral de Mexicanos sem Fronteiras na área metropolitana de Washington. Segundo os dirigentes da organização, as iniciativas para criminalizar a imigração e justificar a repressão, a detenção e deportação de imigrantes em várias cidades geraram uma onda de terror entre os imigrantes. "A Virgínia promove uma agressão sem precedentes contra a comunidade de imigrantes, que pode ter conseqüências devastadoras", opinou Juárez. Ele lembrou que o estado não chegou a um acordo com o governo federal para dar à polícia estadual jurisdição sobre a área migratória. Mas em alguns casos os agentes policiais de Prince Williams atuaram como se tivessem essa atribuição. Um grupo de ativistas iniciará uma greve de fome dia 2 de fevereiro, que terminará com um lobby na sede do Legislativo, em Richmond, dia 5. "Estas propostas só despertam um ambiente de xenofobia nas comunidades locais e afetam a dignidade e a humanidade dos imigrantes", afirmou Nancy Lyall, coordenadora legal do Mexicanos sem Fronteiras. O grupo chama a atenção para algumas propostas de lei, como a HB 2622, que estabelece que qualquer cidadão que saiba que uma pessoa está ilegalmente no país, e proteja ou transporte um clandestino será culpado de um crime. "Isto pode incluir clérigos, professores e trabalhadores sociais", disseram ativistas.

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