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Ato da oposição em Caracas critica Maduro

Por CARACAS
Atualização:

Opositores venezuelanos protestaram ontem contra um decreto do governo que permite o uso de armas de fogo na repressão a protestos no país. Liderados pela ex-deputada María Corina Machado, dezenas de pessoas marcharam de branco em uma área nobre de Caracas. As manifestantes aproveitaram o Dia Internacional da Mulher para pedir que a medida seja anulada. "Defenda a vida dos seus filhos. Essa é a sua responsabilidade", pediram as manifestantes. Ao fim do protesto, María Corina pediu a anulação imediata da resolução. No mês passado, um estudante foi morto em um protesto no Estado de Táchira, no oeste da Venezuela, por um policial. Segundo a Procuradoria-Geral da República, a morte foi provocada por uma bala de borracha, mas a família de Kluiverth Roa, de 14 anos, questiona a versão e diz que o menino foi morto por munição real. "A única medida possível é revogar essa resolução criminosa", disse María Corina. "Não é da competência do governo regular o direito de expressão dos filhos das mães venezuelanas." A resolução foi publicada em janeiro pelo ministro da Defesa, o general Vladimir Padrino. Eleições. No sábado, a comissão da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) que visitou a Venezuela afirmou que o governo do presidente Nicolás Maduro pretende realizar em setembro as eleições legislativas deste ano, geralmente marcadas para dezembro. O secretário geral da entidade, o ex-presidente colombiano Ernesto Samper, disse que a votação é a melhor maneira de resolver a atual crise política venezuelana. "As eleições são o melhor cenário para que se confrontem as diferenças e se dirimam as controvérsias", disse Samper. "Fazemos um chamado à oposição para que exerça através do processo democrático seu legítimo direito ao dissentimento. Recebemos uma informação sobre fatos ameaçam a estabilidade democrática da Venezuela."/ EFE

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