No mesmo dia em que confrontos entre palestinos e israelenses se espalharam pela Cisjordânia, milhares de manifestantes a favor do pedido de reconhecimento do Estado palestino perante as Nações Unidas reuniram-se em um protesto pacífico, que tomou as ruas de Ramallah, sede do governo da Autoridade Palestina (AP), na manhã de ontem. Segundo a polícia local, cerca de 15 mil pessoas passaram pela Praça Al-Manara, a principal da cidade
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A AP suspendeu as aulas nas escolas de Ramallah e decretou ponto facultativo no serviço público da cidade para estimular a manifestação, organizada diante da enorme cadeira que representa a intenção palestina de obter um assento na ONU.
Eufóricos, dezenas de meninos e adolescentes escalaram o monumento central da Praça Al-Manara, que ficou ocupado por toda a manhã. "Estamos aqui porque Abu Mazen (apelido pelo qual Abbas é chamado) está na ONU. Estou muito feliz. A Palestina vai ser livre", afirmou o estudante Mohammed Al-Amari, de 15 anos. "Não tivemos aula hoje!", comemorou o estudante Hussan Mahlouf, de 15 anos. O clima era de festa."Somos um povo que tem de ter um novo começo. Precisamos do assento na ONU. Daí, sim, seremos livres", disse o desempregado Ahmed Samir. / G.R.