Atrizes criticam Romney sobre aborto

Scarlett Johansson e Eva Longoria acusam rival de Obama de querer retirar apoio a planejamento familiar se for eleito

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Por LOS ANGELES e EUA
Atualização:

As atrizes Scarlett Johansson, Eva Longoria e Kerry Washington gravaram um comercial em que criticam abertamente a posição dos republicanos com relação ao aborto, entre outros problemas que afetam as mulheres, anunciou o grupo liberal MoveOn.org. O anúncio, dirigido pelo cineasta Rob Reiner, de Harry e Sally - Feitos um para o outro, será transmitido em todo o país, especialmente durante programas dirigidos às mulheres. "Quero falar com você sobre as mulheres", diz Scarlett no início do anúncio, seguida por Kerry Washington que acrescenta: "E sobre Mitt Romney". "Mitt Romney pretende acabar com os fundos para o Planned Parenthood (grupo de planejamento familiar)", prossegue Eva Longoria, com Scarlett acrescentando: "incluindo os tratamentos contra o câncer". Kerry Washington prossegue com a mensagem de que Romney, se chegar ao poder, revogará lei que legalizou o aborto nos EUA em 1973, apesar de o candidato republicano ter declarado nas últimas semanas que não prevê sua modificação. No anúncio, Scarlett afirma que "há republicanos que tentam redefinir o que é uma estupro" e Eva Longoria critica essas mesmas pessoas que "tentam forçar as mulheres a se submeterem a exames agressivos". A chamada termina com a narração de Scarlett: "Se você pensa que as eleições não afetarão sua vida, pense novamente". "Vote", exclamam Kerry Washington e Eva Longoria. "Vote em Barack Obama" , reitera Scarlett. Rob Reiner declarou num comunicado que acha que tanto Romney, como o seu vice, Paul Ryan, acabarão com os direitos das mulheres, se forem eleitos em novembro. "Estaríamos falando de eliminar o direito ao aborto, aos métodos anticoncepcionais e ao acesso a exames médicos. Como marido, filho e pai não posso permitir que isso ocorra", afirmou o cineasta. Polêmica. Mitt Romney disse recentemente que não tem intenção de modificar a lei do aborto, mas sublinhou que continua sendo "defensor da vida" no tocante a esse tema. O candidato republicano já mudou opinião sobre o aborto ao longo da sua carreira política. "Sou um candidato e serei um presidente "pró-vida", ele afirmou dia 11 deste mês, referindo-se à sua oposição a permitir a interrupção da gravidez na grande maioria dos casos. Quando era governador de Massachusetts chegou a defender o direito da mulher de decidir a respeito.O republicano também se opõe radicalmente ao Planned Planification, um sistema de clínicas de planejamento familiar, não lucrativo, e disse que vai retirar todos os fundos públicos federais a elas destinados. Mas reafirmou sua intenção de restaurar uma iniciativa para que não sejam doados fundos para organizações americanas que promovam o aborto outros países. / EFE

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