Auditoria mostra erros em dados americanos sobre terrorismo

Só dois grupos dos 26 relatórios divulgados entre 2001 e 2005 são "exatos"

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quase todas as estatísticas relacionadas com o terrorismo distribuídas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001 até o início de 2005 são inexatas, segundo auditoria do órgão divulgada nesta terça feira. A consultoria, encomendada pelo inspetor-geral do Departamento de Justiça, Glenn A. Fine, mostrou que os dados foram exagerados em alguns casos e minimizados em outros. Só dois grupos dos 26 relatórios divulgados entre 2001 e 2005 são "exatos". As estatísticas de promotores federais dos EUA também incluíram violações das leis de imigração, fraudes matrimoniais e tráfico de drogas. As relacionadas com o terrorismo continham números de suspeitos acusados e condenados, assim como ameaças a certas cidades americanas. Os dados eram recolhidos pelo FBI, pela divisão criminal do Departamento e pelo escritório executivo do secretário de Justiça. Os números fornecidas pelo Departamento de Justiça são usados para medir o avanço da agência na luta antiterrorista e costumam ser entregues ao Congresso americano. Eles são utilizados também para elaborar o orçamento anual do Departamento. Depois da divulgação da notícia, o senador democrata Charles Schumer se perguntou como, "se o próprio Departamento de Justiça não tem seus dados em ordem", o Congresso pode "confiar que o órgão faz o trabalho que deve". Já o senador republicano Chuck Grassey disse que é necessário determinar se as inexatidões foram um erro "ou se há outro motivo por trás".

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