Aumenta tensão sobre novo governo na Tailândia; dois morrem em protestos

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Por A
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Homens armados sem identificação atacaram manifestantes da oposição em Bancoc nesta quinta-feira, matando duas pessoas enquanto facções políticas rivais da Tailândia disputam quem deve ser o primeiro-ministro. Os protestos, que buscam acabar com a influência do ex-premiê Thaksin Shinawatra, que foi deposto, vem causando episódios de violência em Bangcoc desde novembro. Sem sinal de um acordo, há o receio de uma possível intervenção militar. Testemunhas disseram que um pequeno grupo de homens armados com pistolas e granadas atacou manifestantes perto do Monumento à Democracia no bairro antigo de Bancoc, na madrugada. Vinte e uma pessoas ficaram feridas. Paradorn Pattanatabut, um assessor de segurança do governo, disse suspeitar que o ataque foi uma reação à pressão dos oposicionistas para forçar o Senado a nomear um novo primeiro-ministro. "Há insatisfação entre aqueles que não concordam com a estratégia para conseguir eleger um novo primeiro-ministro", disse Paradorn. Este é o capítulo mais recente do impasse político na Tailândia em quase 10 anos de animosidade entre os monarquistas de Bancoc e Thaksin, um magnata das telecomunicações que ganhou grande apoio entre os pobres das zonas rurais e urbanas. Ele foi deposto pelos militares em um golpe em 2006 e vive no exílio desde 2008, mas exerce influência através de seus partidários. Eles incluem a sua irmã, Yingluck Shinawatra, que foi derrubada do cargo de primeira-ministra na semana passada, por abuso de poder, de acordo com a decisão do Tribunal Constitucional. O governo interino fomado pelo gabinete de Yingluck permanece no cargo com o objetivo de organizar uma eleição, provisoriamente marcada para 20 de julho, no qual é provável que voltará ao poder. A oposição considera Thaksin um populista, capitalista corrupto e uma ameaça aos seus interesses, e defende que o governo interino de Yingluck seja deposto e um primeiro-ministro interino "neutro" seja nomeado. O líder dos protestos da oposição, Suthep Thaugsuban, ex-vice-primeiro-ministro, disse que o tempo está se esgotando para o Senado agir. "Se até sexta-feira... o Senado não conseguir chegar a uma solução, então as pessoas podem ter de tomar o poder e estabelecer uma assembleia do povo por conta própria", disse Suthep a partidários na noite de quarta-feira.

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