PUBLICIDADE

Aumenta urgência por novo acordo com o FMI

Atualização:

Cenário: Gergely Szakacs / ReutersDesde a sua chegada ao poder em 2010, o partido Fidesz, de Victor Orban, intensificou seu controle sobre a mídia e a Suprema Corte da Hungria. Também passou a administrar os fundos pensão privados e impôs a maior taxa básica de juros para os bancos, o que causou protestos internacionais. Segundo a Comissão Europeia, Budapeste tem de tranquilizar os investidores e governos estrangeiros sobre suas intenções. Um novo acordo de financiamento é crucial para a Hungria, que contabiliza uma dívida externa de quase 5 bilhões a ser renegociada este ano, além de títulos no florim húngaro vencidos. O país começa a resgatar um empréstimo tomado do FMI e da União Europeia que a salvou do colapso financeiro em 2008. Investidores estrangeiros detêm US$ 16,53 bilhões em títulos denominados em moeda húngara. A exposição dos bancos austríacos à Hungria, os maiores credores do país, afetou as ações dessas instituições bancárias e os rendimentos dos títulos do governo austríaco sofreram mais uma alta ontem. As relações entre o governo e o banco central estão estremecidas desde que o partido de Orban assumiu o poder. O Fidesz tem criticado constantemente o banco por manter as taxas de juro muito altas e não apoiar as políticas de crescimento do governo com instrumentos monetários. A reunião de ontem, convocada após a maior desvalorização do florim em relação ao euro, foi mais uma tentativa das autoridades húngaras para melhorar a confiança do investidor, abalada pelas políticas polêmicas adotadas por Orban e pelo impasse nas conversações com os credores em dezembro. "Concluir as conversações com o FMI é importante para a Hungria, pois se tivermos uma rede de segurança poderemos concentrar nossos esforços para reavivar o crescimento," disse Orban. A Fitch declarou que a importância de assegurar um novo acordo com o FMI aumentou, "apesar de as perspectivas de se chegar a esse acordo serem agora mais incertas".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.