Aumentam gastos militares no mundo

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Por Agencia Estado
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A Guerra Fria acabou há uma década, mas apesar disto os gastos militares voltaram a crescer, noticiou hoje um respeitado instituto pacifista. Nações em todo o mundo tiveram gastos militares de cerca de US$ 798 bilhões no ano passado, um aumento de uns US$ 18 bilhões em relação ao ano anterior, afirmou em seu relatório anual o Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (sigla em inglês, SIPRI). Muito dos gastos foi para manter os Estados Unidos como uma superpotência militar, assim como o maior exportador de armas. Seu orçamento militar é de cerca de US$ 295 bilhões, ou 37% dos gastos militares de todo o mundo, calculou o SIPRI. E os EUA produz cerca de metade de todos os armamentos vendidos no mundo. A americana Lockheed Martin Corp continua sendo o maior fabricante de armas, e vendeu US$ 17,9 bilhões em 1999. As 15 nações da União Européia são em conjunto o segundo maior provedor mundial de armamentos, com cerca de 24% do total das vendas. Os gastos militares mundiais diminuiram no geral nos anos 90, estabilizando-se a partir de 1998, de acordo com o SIPRI. O instituto apresentou seu relatório em Goteborg, sudoeste da Suécia, onde o presidente dos EUA, George W. Bush, deve chegar na quinta-feira a fim de reunir-se com o primeiro-ministro Goeran Persson e depois com os 15 chefes de governo e de Estado da UE. Bush planeja desenvolver um caríssimo sistema de defesa antimísseis que iria fazer subir ainda mais os gastos militares americanos, aumentar o atual desequilíbrio militar em favor dos EUA e possivelmente provocar um corrida armamentista mundial, argumentam críticos. Houve 25 grandes conflitos armados ao redor do mundo durante o ano 2000, comparados com os 27 do ano anterior, contabilizou o instituto. Apenas dois não foram conflitos internos: da Eritréia com a Etiópia e da Índia com o Paquistão.

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