06 de janeiro de 2013 | 22h29
Para o governo de Chávez, no poder desde 1999, a resposta é clara: Chávez ganhou a eleição, então continuará nas suas tarefas de presidente sem uma cerimônia formal de juramento nesta quinta-feira. Isto apesar da condição delicada do presidente em Havana, com uma "severa infecção pulmonar". O vice-presidente, Nicolás Maduro, leal a Chávez, que foi escolhido pelo presidente para sucedê-lo se não puder dar prosseguimento às suas tarefas, disse, neste final de semana na TV, que Chávez deverá "continuar nas suas funções e a formalidade do juramento para o cargo pode ser resolvida depois pela Suprema Corte".
A oposição argumenta que a corte tem diversos membros leais a Chávez. Também indicam que a Constituição da Venezuela, que especifica que se o líder eleito não puder tomar o cargo em 10 de janeiro, data da posse, então novas eleições devem ser realizadas em 30 dias.
Se isso ocorrer, o presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, outro partidário de Chávez, assumiria temporariamente a presidência até as eleições. Uma eleição provavelmente teria Maduro contra o líder da oposição, Henrique Capriles. A oposição não indicou que ficará no meio do caminho para permitir que Chávez permaneça no cargo, seja doente ou saudável.
A razão para isso, dizem analistas, é que os líderes da oposição não querem parecer que estão levando vantagem a partir de problemas de saúde de Chávez para tirá-lo do cargo em uma tecnicalidade. Isto poderia pesar contra eles se novas eleições foram realizadas nas próximas semanas ou meses. O que cria mais tensão entre partidários e opositores de Chávez é o segredo em torno da saúde de Chávez. Ainda não foi revelado qual o tipo de câncer do presidente. Ele disse que é na região pélvica.
Orações - Atletas rezaram na Venezuela, neste domingo, pela recuperação de Chávez. Pastor Maldonado, da Fórmula 1, Ernesto José Viso, da Indy, e outros atletas compareceram a uma missa em Caracas. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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