Austrália advertiu o Quênia sobre atentado

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governo australiano havia advertido seus cidadãos sobre uma "ameaça terrorista" em Mombasa, no Quênia, em 12 de novembro passado - duas semanas antes do atentado da última quinta-feira contra o Hotel Paradise de Kikabala, onde morreram 16 pessoas, entre as quais os três atacantes. O ministério do Exterior australiano divulgou hoje uma nova advertência dizendo a seus cidadãos que evitem fazer viagens que não sejam de extrema necessidade, neste caso a qualquer cidade em território queniano. Segundo a Chancelaria, existem ali "possíveis riscos de novos ataques terroristas contra interesses ocidentais". O ministério do Interior não revelou se a informação divulgada em 12 de novembro sobre a iminência de ataques, e que não teve similares avisos por parte dos aliados da Austrália, como EUA e Grã-Bretanha, proveio de uma fonte estrangeira de inteligência ou foi resultado de operações australianas. "Distribuímos o aviso com base em informações que recebemos, mas não podemos dizer mais nada sobre isto, não podemos revelar nossas fontes", explicou um porta-voz da Chancelaria australiana, Alexander Downer. Segundo o primeiro-ministro John Howard, há indícios de que existem vínculos entre a rede Al-Qaeda de Osama bin Laden e o atentado em Mombasa, mas ele disse que espera receber informações independentes sobre o episódio. "O modelo indica que a Al-Qaeda está envolvida", disse Howard em entrevista pelo rádio. "Certamente há muitos ingredientes que o indicam: planejamento muito elaborado, a sincronização dos ataques (contra o hotel e contra um avião de passageiros) e os objetivos escolhidos", que eram interesses israelenses, manifestou.

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