MELBOURNE - Manifestantes desafiaram as regras de distanciamento social pelo segundo final de semana seguido em Melbourne, na Austrália, para protestar contra o lockdown imposto pelo governo local. Na manhã deste sábado, 14 pessoas foram presas e 52 receberam notificações por descumprirem ordens das autoridades sanitárias. Em Auckland, na Nova Zelândia, uma multidão foi às ruas com cartazes que pediam pela "volta da liberdade".

Segundo a polícia de Melbourne, cerca de 100 pessoas protestaram em diversos pontos da cidade. "Apesar dos avisos, foi decepcionante ver indivíduos se reunindo para protestar na cidade hoje, colocando a vida dos cidadãos de Victoria em risco", disse a polícia em comunicado.
Auckland registrou novo surto de coronavírus em agosto, levando o governo a impor novas medidas de distanciamento social na cidade. Imagens transmitidas pela TV local mostraram ruas lotadas, com muitas pessoas sem máscara. A estimativa é de que mais de mil pessoas participaram do ato. "Estamos todos aqui hoje porque acreditamos que devemos defender nossos direitos", disse Jami-Lee Ross, um dos organizadores do protesto.

"É hora de levantar e dizer que precisamos da nossa liberdade de volta". Não houve registro de prisões de manifestantes.
A Nova Zelândia, país de 5 milhões de habitantes, aparentava ter sido bem sucedida em conter a transmissão comunitária do novo coronavírus, mas um novo surto em Auckland em agosto fez com que o governo colocasse a cidade em lockdown novamente.
A primeira-ministra Jacinda Ardern, que concorre nas eleições gerais de 17 de outubro, afrouxou as medidas no começo deste mês, mas a cidade ainda está em nível de alerta de 2.5, grau que proíbe reuniões de mais de 10 pessoas. Máscaras são obrigatórias no transporte público de todo o país.
Neste sábado, 12, a Nova Zelândia registrou dois novos casos de covid-19, elevando o total de infecções desde o início da pandemia a 1.444. O número total de óbitos em decorrência do coronavírus no país é de 24. /REUTERS