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Austríaca seqüestrada pelo pai isenta mãe de culpa

Por Afp e Efe
Atualização:

A austríaca Elisabeth Fritzl afirmou à polícia que sua mãe, Rosemarie, não sabia que seu pai, Josef Fritzl, a manteve presa por 24 anos no porão de sua casa em Amstetten, Áustria, informou ontem a revista alemã Der Spiegel. Na segunda-feira, Fritzl admitiu ter abusado sexualmente da filha, com quem teve sete filhos - todos nascidos no cativeiro. Em seu primeiro depoimento à polícia, Elizabeth, de 42 anos, garantiu que seu pai agiu sozinho no crime e que era o único responsável por levar alimentos e roupas ao porão, revelou a Der Spiegel. Das sete crianças que Fritzl teve com a filha, três viviam no cativeiro desde o nascimento e nunca viram a luz do dia. Outras três viviam com Fritzl e sua mulher. A sétima criança morreu logo após o nascimento, e seu corpo foi incinerado por Fritzl. Elisabeth contou que o pai a manteve algemada durante os primeiros meses do cativeiro, que começou em 1984, quando ela tinha 18 anos. Ela também relatou que, até 1993, ficou confinada em um único cômodo do porão. Só depois de nove anos de cativeiro é que seu pai começou a ampliar o local com novas instalações. Segundo a revista, o depoimento de Elizabeth deixa claro que as crianças testemunharam os abusos cometidos por Fritzl contra a filha. Franz Polzer, principal investigador do caso, afirmou à Associated Press que Fritzl começou a estuprar Elizabeth quando ela tinha 12 anos. Depois de seqüestrá-la, o austríaco disse à família que ela havia fugido para viver em uma seita.

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