Autor de disparos em base militar pode ficar paraplégico

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Por AE-AP
Atualização:

O psiquiatra do Exército acusado pelo ataque na base de Fort Hood pode ficar paraplégico após receber vários tiros no incidente, informou hoje seu advogado, John Galligan. Segundo ele. o major Nidal Malik Hasan afirmou que não sentia a perna e tinha muitas dores nas mãos. Hasan recebeu quatro tiros disparados por policiais civis. De acordo com o advogado, os médicos disseram que sua condição pode não melhorar nunca.Galligan contou que conversou com Hasan durante uma hora na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Centro Médico do Exército Brooke, em San Antonio, ontem. No mesmo dia, Hasan foi indiciado por 13 acusações de homicídio premeditado.O ataque na base do Texas na semana passada deixou ainda 43 feridos, incluindo 34 que sofreram ferimentos à bala. Os militares inicialmente divulgaram 29 feridos, além de Hasan, mas o número subiu posteriormente.Galligan disse que o quadro de saúde de seu cliente ainda é "extremamente sério" e que Hasan não sentiu quando o advogado tocou sua perna. Um dos parentes de Hasan pôde encontrá-lo na quinta-feira pela primeira vez desde o incidente.Um porta-voz do hospital disse que não poderia confirmar se o paciente estava paralisado. Hasan disse aos funcionários do hospital que não queria a divulgação para a imprensa de seu estado de saúde. Galligan disse que os promotores militares não relataram a ele se pretendem buscar a pena de morte. Ele informou que deseja pedir um segundo advogado militar e um investigador civil, para que eles possam auxiliá-lo no caso.Autoridades do Exército disseram acreditar que Hasan agiu sozinho, quando abriu fogo dentro da base de Fort Hood, onde trabalhava. Os 13 mortos incluíam uma soldada grávida e pelo menos outros três funcionários do setor de saúde mental. Um porta-voz do Comando de Investigação Criminal do Exército informou que Hasan poderia enfrentar também novas acusações.O presidente Barack Obama ordenou uma revisão de toda a informação de inteligência relacionada a Hasan, para determinar se os dados foram devidamente compartilhados com outras agências oficiais. Hasan chegou a fazer contatos pela internet com um clérigo extremista, mas o fato foi minimizado pelas autoridades.

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