Autoridade Palestina vive grave crise econômica

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Por Agencia Estado
Atualização:

Atingida por uma diminuição no apoio recebido de doadores internacionais impacientes com a falta de progresso no processo de paz, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) foi forçada a recorrer a empréstimos bancários para pagar seus 125.000 funcionários e corre o risco de não conseguir honrar a folha de pagamento de fevereiro, disse o ministro da Economia. Com o desemprego desenfreado no setor privado, os palestinos poderão enfrentar um colapso econômico sem precedentes, após anos de conflito com Israel. ?Fizemos empréstimos no banco nos últimos meses, para pagar salários?, disse o ministro Maher Masri. ?Se isso continuar... não poderemos arcar com os salários do próximo mês?. Os palestinos acusam Israel de ter arruinado a economia dos territórios ocupados com as restrições às viagens e freqüentes operações militares. Já Israel diz que as medidas são necessárias por questões de segurança e aponta a corrupção da cúpula palestina como verdadeira causa da crise. Levantamento do Banco Mundial aponta que 40% da população palestina economicamente ativa está desempregada e que 60% da população total vive com menos de US$ 2 (R$ 6) por dia, por pessoa. Segundo Masri, a ANP tem receita mensal de US$ 20 milhões e despesas da ordem de US$ 85 milhões.

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