LOS ANGELES, Estados Unidos - Autoridades do alto escalão da Casa Branca visitam, nesta terça-feira, 14, a área atingida pelo incêndio Carr, que assola a Califórnia há semanas. As chamas deixaram pelo menos 9 mortos e milhares de casas destruídas.
O secretário do Interior, Ryan Zinke, e o secretário da Agricultura, Sonny Perdue, percorrerão a trajetória feita pelo Carr, que devastou a cidade de Redding, ao norte do Estado, e também se reunião com bombeiros e socorristas que atuam no combate às chamas.
Apesar dos trabalhos nas últimas semanas, as equipes de bombeiros conseguiram controlar dois terços da área atingida pelo incêndio. Segundo dados do governo, 83 mil hectares foram destruídos e mais de 40 mil pessoas estão desabrigadas.
"Obrigado a todos os bombeiros que mantém a salvo as comunidades ao norte da Califórnia! O incêndio Carr está destruindo terrenos públicos e é tempo de termos um bom controle dos nossos bosques", escreveu Zinke, em rede social.
A visita do secretário gerou mal-estar na Casa Branca após o presidente Donald Trump sugerir que as políticas ambientais da Califórnia teriam facilitado a propagação dos incêndios e dificultado o trabalho dos bombeiros. Zinke agravou a situação ao dizer no domingo que a ocorrência de mais incêncios de grandes proporções no Estado não tem relação com o aquecimento global.
"Eu escuto o argumento de mudança climática aqui e ali", disse Zinke, em entrevista a emissora de televisão KCRA 3. "Mas esses incêndios não tem nada a ver com mudança climática. Isso tem a ver com a gestão ambiental em vigor".
O secretário também acusou ambientalistas da Califórnia de atrasar projetos de manejo florestal, que previa a eliminação de árvores, informa a imprensa local.
Segundo ambientalistas, apesar de alguns bosques da Califórnia serem realmente densos, os incêndios mais destrutivos começaram em áreas de vegetação rasteira e rapidamente se alastraram devido às condições climáticas causadas pelo aquecimento global, como altas temperaturas, fortes ventos e clima seco. //AFP