Autoridades iraquianas acusam coalizão de atacar civis

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Saúde do Iraque, Omeed Medhat Mubarak, acusou os Estados Unidos e a Grã-Bretanha de atacarem civis deliberadamente, durante a invasão do território iraquiano. Mubarak acusou os EUA e seus aliados de atacarem com o objetivo de abalar o moral do povo iraquiano. Ele citou o ataque de ontem contra um mercado de Bagdá como um exemplo típico de ações militares impróprias. "Eles estão mirando contra seres humanos no Iraque para afetar o moral da população", acredita o ministro. "Eles não estão diferenciando os alvos" civis dos militares. Segundo ele, as forças anglo-americanas não estão se esforçando para evitar baixas entre os civis iraquianos. "Nem o governo Bush nem suas bombas são ´inteligentes´." De acordo com Mubarak, 36 iraquianos foram mortos e 215 ficaram feridos em Bagdá, somente na quarta-feira. Entre as ações está o ataque contra um mercado de Bagdá que resultou em pelo menos 14 mortes. "Vocês podem perceber que os mercenários norte-americanos e britânicos estão visando civis, independente da idade", acusou. "Eles atacaram lojas e instalações menores do setor público." O Comando Central dos Estados Unidos alega que não há provas de que mísseis norte-americanos tenham causado a morte de civis, apesar de ter admitido o uso de "armas guiadas de precisão" foram usadas contra mísseis e plataformas de lançamento "instaladas dentro de uma área civil residencial". De acordo com Mubarak, o número de vítimas da guerra deflagrada na semana passada pelos Estados Unidos já supera os 4.000, sendo cerca de 350 mortos. Ele disse ainda que as forças anglo-americanas estão despejando bombas de fragmentação contra alvos civis. "Em Najaf, eles destruíram um centro médico", afirmou. "Também bombardearam uma ambulância e causaram a morte do motorista." Apesar dos "bombardeios aleatórios", ele garantiu que não faltam medicamentos e afirmou que os hospitais continuam operando normalmente. O ministro comentou, no entanto, que o governo iraquiano teme a disseminação de doenças contagiosas como resultado da poluição das águas, em especial no sul do Iraque. Veja o especial :

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