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Autoridades israelenses lamentam a morte de brasileiros

O ministro do Turismo de Israel disse que espera que os incidentes não afetem os laços de amizade entre os dois países

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Turismo israelense, Isaac Herzog, integrante do gabinete de segurança do primeiro-ministro Ehud Olmert, lamentou hoje as mortes de sete brasileiros nos ataques do Exército de Israel ao Líbano, que começaram no último dia 12. Em entrevista ao Grupo Estado, Herzog afirmou que Israel não tem a intenção de alvejar civis, não importa de que nacionalidade. "Lamento muito as mortes dos brasileiros. Meu coração se entristece", disse o ministro israelense. "Espero que isso não afete os laços de amizade entre nossos dois países", completou. O ministro israelense alegou que é preciso verificar se as vítimas brasileiras estavam em locais ocupados pelo Hezbollah. Segundo Herzog, o Exército só tem atacado alvos ligados ou próximos a bases da guerrilha libanesa. "Infelizmente, os terroristas do Hezbollah são covardes e usam civis como escudos humanos. Eles escondem armamento em escolas, mesquitas e casas de família", acrescentou. Citando informações da Agência Estado, o jornal Haaretz deu destaque hoje para a notícia da morte da sétima vítima brasileira, o empresário paulista Dib Barakat, de 60 anos, que foi atingido por um míssil dentro de uma fábrica de móveis no vilarejo de Sultan Yacob. Herzog é a autoridade de mais alto escalão no governo a lamentar as mortes dos brasileiros. Mas, segundo o embaixador do Brasil em Tel-Aviv, Sérgio Moreira Lima, outras autoridades do país demonstraram o mesmo sentimento. Em encontro fechado com diplomatas, na quarta-feira à noite, o vice-comandante da Força Aérea, o general Ido Nehustan, se disse pesaroso e alegou que as mortes foram uma fatalidade em meio a um conflito de grandes proporções. O governo brasileiro condenou o uso da força contra a população civil no conflito entre Israel e Líbano. Em comunicado oficial, o Itamaraty pediu a Israel que evite "medidas desproporcionais de represália". Na mesma nota, a chancelaria brasileira também reiterou os termos da Resolução 1559 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que pede o desmantelamento de todas as milícias presentes no Líbano.

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