Autoridades italianas investigam desmoronamento de escola

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Por Agencia Estado
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A justiça italiana anunciou hoje a abertura de um inquérito para investigar a catástrofe, possível homicídio involuntário e morte de 26 crianças no terremoto de San Giuliano de Puglia. Maria Teresa Perna, substituta do procurador de Justiça de Larino, na cidade de Molise, também atingida pelo sismo de 31 de outubro que matou 29 pessoas, a maioria crianças, disse que a acusação é, por enquanto, contra pessoas indeterminadas. A polêmica instalou-se em San Giuliano contra as autoridades locais, consideradas responsáveis pela fragilidade da construção onde as crianças freqüentavam a escola.Os habitantes da vila relatam que a parte da escola, da qual restam apenas algumas paredes de pé, tinha passado por obras e foi inaugurada no início do ano escolar, em setembro. "Eles fizeram a parte superior e reforçaram o teto com cimento. Foi esta parte que se rompeu, destruindo as paredes feitas em tijolo, que não resistiram ao peso", disse um bombeiro na manhã da catástrofe. O presidente do Instituto Nacional de Geofísica e de Meteorologia, Enzo Boschi, acusou políticos locais que não respeitam as obrigações da lei anti-sísmica adotada na Itália em 1982. "Haverá outras tragédias", alertou Boschi, notando que "a região de Molise é uma zona sísmica declarada, situada numa área de separação entre as placas africana e euro-asiática".

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