27 de janeiro de 2013 | 19h41
O papa Bento XVI, de sua janela na Praça de São Pedro, no Vaticano, disse que a humanidade precisa estar sempre alerta para que acontecimentos como o holocausto, motivados por racismo, não se repitam. "A lembrança dessa imensa tragédia, que acima de tudo atingiu de forma tão dura o povo judeu, deve servir como um alerta constante para que os horrores do passado não se repitam, e para que toda forma de ódio e racismo seja superada (...)"
A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu em 2005 o dia 27 de janeiro como o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto - seis milhões de judeus e milhões de outras vítimas da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A data foi escolhida porque marca a libertação, em 1945, dos prisioneiros de Auschwitz, o mais conhecido campo de concentração dos nazistas.
"Aqueles que passaram pelos horrores dos vagões, dos guetos e dos campos de concentração testemunharam o pior da humanidade e conhecem muito bem a dor de perder entes queridos para uma violência sem sentido", disse em nota o presidente americano, Barack Obama.
Durante cerimônia em Milão para marcar a data, ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi fez comentários destoantes. Ele disse que o ditador Benito Mussolini fez diversas coisas boas, apesar das leis antissemitas do seu governo. Ele também defendeu a aliança de Mussolini com Adolf Hitler. Segundo ele, Mussolini percebeu que o poder alemão iria aumentar e que, então, seria melhor para a Itália se aliar com a Alemanha.
Quando o regime nazista ocupou a Itália durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de judeus italianos foram deportados para campos de concentração. Em 1938, antes da eclosão da guerra, o regime de Mussolini aprovou leis antissemitas.
Este ano, o principal evento para lembrar a data foi a abertura de uma exibição organizada por peritos russos. A exibição mostra o sofrimento de soviéticos em Auschwitz e o papel dos soviéticos na liberação do campo. As informações são da Associated Press.
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