
25 de julho de 2012 | 17h50
LA PAZ - O chefe do Ministério Público da Bolívia, Mario Uribe, disse nesta quarta-feira, 25, que tomará medidas legais contra autoridades que entrarem com pedido de salvo-conduto para o senador opositor Róger Pinto, asilado desde maio na Embaixada do Brasil em La Paz. O senador diz sofrer perseguição política por parte do governo de Evo Morales.
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"Entendemos que o pedido de salvo-conduto pedido pelo senador terá consequências", disse Uribe, segundo a imprensa boliviana. "O Ministério Público tomará ações legais contra servidores públicos que não colaborem com a luta contra a corrupção."
A posição do Ministério Público coincide com a do governo boliviano. Na terça-feira, a ministra de Comunicações Amanda Dávila disse ao jornal boliviano La Razón que cabe ao senador decidir sobre seu futuro. "Como o Brasil não vai retroceder e a Bolívia seguirá as regras internacionais, a única possibilidade de o senhor Pinto sair da embaixada é por vontade própria para se defender nos tribunais", declarou.
O senador, ex-governador do Departamento (Estado) de Pando, é acusado de corrupção e desacato e responde a 20 processos. Na segunda-feira, ele enviou uma carta à imprensa boliviana na qual acusa o governo de negar-lhe o salvo-conduto para mantê-lo "preso" na embaixada. "Podem me privar da liberdade de movimento, mas não de ser verdadeiramente livre", disse.
Com AFP
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