
08 de abril de 2017 | 11h10
Atualizado 08 de abril de 2017 | 17h00
ESTOCOLMO - Autoridades suecas confirmaram neste sábado, 8, que o homem detido por suspeita de ter realizado o ataque com caminhão que deixou 4 pessoas mortas na véspera em Estocolmo tem 39 anos e é natural do Uzbequistão. A mídia sueca já havia antecipado essas informações, mas ainda não haviam sido confirmadas pelas autoridades.
O chefe de polícia sueca, Dan Eliason, disse que as autoridades estão confiantes de que prenderam o homem que realizou o ataque. "Não há nada que nos diga que temos a pessoa errada", afirmou em uma coletiva de imprensa, mas acrescentou que não sabe de outras pessoas envolvidas no ataque. "Não podemos excluir isso."
Eliason também detalhou que a polícia encontrou algo no caminhão que "poderia ser uma bomba ou um objeto incendiário". "Ainda estamos investigando." A emissora pública SVT informou que a bomba pode ter explodido parcialmente, queimando o motorista, que escapou durante o caos que se instalou após atropelar a multidão e bater contra uma loja de departamentos.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo atentado na Suécia. A polícia afirmou que reforçou a segurança no país.
Autoridades locais na capital, onde bandeiras foram hasteadas a meio mastro em edifícios incluindo o Parlamento e o Palácio Real, afirmaram que 10 pessoas, incluindo uma criança, foram levadas para hospitais, e dois adultos recebem cuidados intensivos. Um buraco na parede da loja mostrou a força do impacto do caminhão, que foi removido durante a noite para exame de especialistas forenses.
O promotor Hans Ihrman disse que o suspeito ainda não falou com autoridades e não podia confirmar se ele residia legalmente na Suécia. Anders Thornberg, chefe do Serviço de Segurança Sueco, afirmou que os serviços e as agências de segurança de outros países também estão auxiliando nas investigações do ataque.
Homenagens. Dezenas de pessoas se juntaram para prestar homenagens às vítimas e deixar flores no local do atentado. A Princesa Victoria estava entre eles, e deixou um buquê de rosas vermelhas. "Sinto uma enorme tristeza, eu me sinto vazia", disse ela à emissora Aftonbladet, pedindo que os suecos se unam em seu luto.
O primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, também visitou o local. "Todos nós sentimos raiva pelo que aconteceu, eu sinto a mesma raiva, mas nós também precisamos usar essa raiva para algo construtivo e seguir adiante", disse ele.
"Nós queremos - eu estou convencido de que o povo sueco também quer - viver uma vida normal. Somos uma sociedade aberta, democrática, e é isso que continuaremos sendo." / AP e REUTERS
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