13 de outubro de 2015 | 09h38
ANCARA - Autoridades turcas baniram nesta terça-feira, 13, uma marcha promovida por sindicalistas e ativistas que perderam amigos e colegas no ataque terrorista mais sangrento da Turquia. Centenas de pessoas se reuniram para protestar.
Dois bombardeios suicidas no sábado ocorreram em meio a uma incerteza política no país e semanas antes das eleições turcas. Os ataques aumentam os temores de que a Turquia, candidata a integrar a União Europeia, possa estar iniciando um período de instabilidade.
A agência de notícias Dogan divulgou hoje imagens que mostram um policial empurrando um grupo de manifestantes que tentavam chegar à marcha para lamentar as 97 vítimas dos dois ataques.
Um policial à paisana empurrou pelo menos dois manifestantes para o chão e os deteve. “Nossos irmãos foram mortos! O que vocês estão fazendo?”, gritava uma delas. O governo de Istambul proibiu o protesto dizendo que este é um “momento sensível”.
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse que o grupo terrorista Estado Islâmico era o principal suspeito da investigação. Autoridades afirmaram que os ataques de sábado foram semelhantes ao atentado suicida que matou 33 ativistas em uma cidade próxima à fronteira com a Síria em julho. /ASSOCIATED PRESS
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