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Avião com corpos do voo MH17 deixa Kharkiv e segue para a Holanda

Aeronave transporta 50 dos 298 mortos na queda do avião malaio; outros corpos serão transportados na sexta-feira

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Após cerimônia, corpos de algumas vítimas são retirados da Ucrânia Foto: Sergei Chuzavkov/AP

KHARKIV - O avião Hércules enviado pela Holanda para transportar os restos mortais das vítimas do desastre aéreo do voo MH17, que caiu quinta-feira 17 na Ucrânia, decolou nesta quarta-feira, 23, do aeroporto de Kharkiv, no leste da Ucrânia.

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A aeronave transporta 50 corpos dos 298 mortos na tragédia, depois de uma cerimônia simbólica de despedida na pista do aeroporto ucraniano com honras militares. Após um minuto de silêncio, o vice-primeiro-ministro ucraniano e chefe do gabinete de crise para o desastre aéreo, Vladimir Groisman, fez um breve discurso de despedida das vítimas e culpou mais uma vez os rebeldes apoiados por Moscou de terem disparado um míssil que derrubou o Boeing 777.

Após algumas palavras de representantes da Holanda - país com maior número de vítimas no desastre - e Austrália, os militares ucranianos carregaram os caixões em seus ombros e os levaram para o centro da pista, onde estava o Hércules, para partir rumo à Holanda.

Os corpos dos passageiros e tripulantes do avião da Malaysia Airlines chegaram terça a Kharkiv, cidade controlada pelo governo ucraniano, vindos de Donetsk em um trem com vagões refrigerados. Em seguida, um grupo de especialistas internacionais os preparou para a viagem. Segundo o gabinete de crise, os outros corpos serão enviados à Holanda nesta sexta-feira, assim que os preparativos forem concluídos.

O voo MH17, que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lampur, caiu na região de Donetsk, em uma área controlada pelos separatistas pró-russos. Os EUA afirmam que a aeronave foi derrubada por um míssil terra-ar.

Apesar de os insurgentes da autoproclamada República Popular de Donetsk terem garantido que não há mais corpos no local do acidente, apenas destroços do Boeing, o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, disse nesta quarta não ter certeza de que todos os corpos das 298 pessoas que estavam no avião malaio tenham sido recuperados.

"De acordo com as primeiras inspeções, não temos certeza de quantos corpos temos. É bastante possível que muitos continuem lá, à mercê da interferência e dos estragos do calor e dos animais", disse Abbott. /EFE

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