Avião desaparece na Indonésia com 54 pessoas a bordo

Buscas foram suspensas e devem ser retomadas na segunda-feira

PUBLICIDADE

Atualização:
Avião modeloATR42-300 perdeu contato com controladores aéreos na Indonésia Foto: BAGUS INDAHONO/EFE

Uma aeronave da companhia indonésia Trigana perdeu contato com os controladores aéreos enquanto voava pela província montanhosa de Papua, localizada ao leste do país, e foi declarada como desaparecida. O avião, modelo ATR42-300, carregava 49 passageiros, entre eles cinco crianças, e outros cinco tripulantes. A busca pela aeronave foi suspensa há pouco e será retomada na segunda-feira.Segundo as autoridades da Indonésia, o avião fazia o trecho entre a capital da província de Papua, Jayapura, e outra cidade chamada Oksibil sob condições precárias. Perto de Oksibil chovia pesado, com ventos fortes e neblina. De acordo com o chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, Susanto, a aeronave perdeu contato minutos antes de aterrissar.Outro avião foi enviado ao local para procurar pelo ATR42-300, mas as buscas foram suspensas por causa do mau tempo. A maior parte da Papua é coberta por mata fechada e montanhas, o que fez com que alguns aviões que já caíram naquela região nunca fossem encontrados.Precariedade. Nos últimos anos, a Indonésia teve um número alto de desastres aéreos. O arquipélago de 250 milhões de pessoas e 17 mil ilhas é um dos mercados asiáticos de maior expansão no setor aéreo, mas está sofrendo para prover pilotos qualificados, equipamentos mecânicos, controladores de tráfego aéreo e tecnologia atualizada para garantir segurança.Em dezembro do ano passado, um jato da AirAsia transportando 162 pessoas despencou direto no mar enquanto passava por uma tempestade durante um voo entre Surabaya, a segunda maior cidade da Indonésia, e Cingapura. O desastre foi um dos cinco sofridos por companhias asiáticas num espaço de 12 meses, incluindo o voo 370 da Malaysia Airlines, que se perdeu em março de 2014 com 239 pessoas a bordo durante um voo de Kuala Lumpur até Pequim.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.