Avião israelense ataca sede da TV 'Al Jazeera' e da agência 'AP' em Gaza

Mais de 580 palestinos morreram desde o início da ofensiva de Israel; segundo a Unicef, dos mortos 121 eram crianças

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Atualização:

GAZA - Um avião de combate israelense bombardeou nesta terça-feira, 22, o último andar de uma torre no centro de Gaza, onde fica a sede da televisão catariana Al Jazeera e os escritórios da agência de notícias americana AP. Ninguém ficou ferido.

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"Nos disseram que foi um erro, mas que de qualquer maneira era melhor que não voltássemos a nos aproximar", explicou um dos jornalistas que estavam sentados na frente do edifício, protegidos com capacetes e coletes a prova de bala.

O Exército israelense bombardeia há 15 dias por terra, mar e ar, Gaza, onde já morreram 586 palestinos - entre eles um jornalista local - e mais de 3.300 pessoas, a maioria civis, ficaram feridos.

Além disso, cerca de 300 imóveis civis e casas particulares, dois hospitais e pelo menos uma mesquita foram bombardeados, apesar das exigências da lei humanitária internacional sobre a proteção de civis em pontos de conflito.

Na noite de segunda, a mesquita dos Mártires de al-Aqsa foi totalmente destruída poucas horas antes de os fiéis se dirigirem ao local para a primeira reza do dia. A mesquita havia sido construída no centro de Gaza após a segunda intifada.

De acordo com a Unicef, organismo das Nações Unidas para a proteção da infância, 121 crianças palestinas, 80 delas com menos de 12 anos, morreram desde o início da ofensiva israelense. Pelo menos 904 outras crianças ficaram feridas, acrescentou o órgão.

O Escritório de Assuntos Humanitários da ONU descreveu como "devastadora" a situação para a população de Gaza. "Literalmente, não há um espaço que seja seguro para os civis", destacou o porta-voz, Jens Laerke.

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Segundo uma rápida avaliação realizada por voluntários no local, 107 mil crianças precisam de tratamento especializado pelo trauma que sofreram ao vivenciar ataques que mataram suas famílias ou destruíram suas casas. Por enquanto, as equipes de emergência conseguiram oferecer esse tipo de apoio a menos de 900 crianças. /EFE

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