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Aviões atacam zona de exclusão no Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

Aviões de combate anglo-americanos lançaram novos ataques aéreos contra a zona de exclusão aérea no sul do Iraque, após aeronaves iraquianas terem sobrevoado a área restrita, informaram oficiais de defesa nesta quarta-feira. A ação aumentou para 45 o número de ataques realizados por Estados Unidos e Grã-Bretanha nas zonas de patrulha estabelecidas em 1991, sob o pretexto de proteger minorias étnicas e religiosas iraquianas após a Guerra do Golfo. "Eles colocaram um radar móvel a sul do paralelo 33", a fronteira imaginária da zona estabelecida no sul, disse Frank Merriman, comandante da Marinha e porta-voz do Comando Central, em Tampa, Flórida. "Além disso, aviões militares deles sobrevoaram a região." Ele recusou-se a dizer quantas eram as aeronaves iraquianas. Os aviões da coalizão militar responderam com um ataque com mísseis de alta precisão contra um radar em Al-Kut, 160 quilômetros ao sul de Bagdá, às 21h GMT de ontem (18h de ontem em Brasília), disse um comunicado do Comando Central dos EUA. Os danos ainda estão sendo avaliados. O ataque ocorreu na zona de exclusão aérea no sul, criada para proteger muçulmanos xiitas. Foi o 35º ataque contra a região este ano. No norte, na zona criada para proteger a minoria curda, houve 10 ataques em 2002. Ambos os grupos receberam proteção após revoltas sem sucesso contra o regime do presidente do Iraque, Saddam Hussein. O Iraque considera as patrulhas uma violação à sua soberania e freqüentemente dispara contra os aviões da coalizão com sua artilharia antiaérea e seus mísseis terra-ar. Em resposta, os pilotos anglo-americanos dispararam contra supostos sistemas iraquianos de defesa. Os ataques ocorrem num momento no qual o governo do presidente dos EUA, George W. Bush, tenta convencer o mundo da necessidade de se derrubar Saddam Hussein.

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