Aviões israelenses matam uma pessoa e atacam Universidade de Gaza

Ataque contra a universidade, considerada uma das instituições dirigidas pelo Hamas, foi precedido pelo lançamento de um outro míssil por um avião, que matou um jovem

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Exército israelense atacou, nas primeiras horas desta terça-feira (segunda-feira no Brasil), a Universidade Islâmica de Gaza, reduto do Hamas, pouco depois de outro míssil ter causado a morte de um jovem na cidade de Beit Hanoun. Testemunhas declararam que ouviram o barulho dos helicópteros Apache sobrevoando a cidade e que o foguete caiu perto da Sala de Conferências, no campus da Universidade Islâmica, causando graves danos materiais no edifício. O ataque contra a universidade, considerada uma das instituições dirigidas pelo Hamas, foi precedido pelo lançamento de um outro míssil por um avião de reconhecimento não pilotado que causou a morte de Ismael Al-Masri, de 19 anos. Fontes médicas garantiram que o jovem palestino foi atingido por fragmentos do foguete, que também deixou outras duas pessoas feridas em Beit Hanoun. O lançamento do foguete aconteceu nas últimas horas da noite de segunda-feira, enquanto 20 veículos, entre tanques, caminhões blindados e escavadeiras, entravam no povoado, no norte da Faixa de Gaza. Testemunhas afirmaram que dos terraços de suas casas viram como as colunas de caminhões e tanques entravam na área habitada por cerca de 30 mil pessoas com a intenção aparente de voltar a ocupá-la. Ultimato Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, rejeitou o ultimato que as milícias palestinas - responsáveis pelo seqüestro do soldado Gilat Shalit - lhe deram, afirmando que "Israel não se deixará chantegear". Em nota à imprensa, o primeiro-ministro deixou claro que "Israel não negociará a libertação de prisioneiros" e que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) "tem toda a responsabilidade pelo bem-estar do soldado e sua devolução são e salvo a Israel". O chefe das Forças Armadas israelenses, general Dan Halutz, disse na segunda-feira, em tom semelhante ao de Olmert, que Israel não se renderá à chantagem dos grupos terroristas que mantêm o soldado israelense seqüestrado há uma semana. "Ultimato é um termo que deve ser esclarecido. Não posso explicar a palavra, mas a postura do Estado de Israel é a de que não irá se render perante grupos terroristas, e apóio esta posição", declarou Halutz durante uma visita à família do soldado na Galiléia.

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