Azerbaijão diz que atacou base de lançamento de mísseis na Armênia

Ministério armênio da Defesa afirmou que, a partir de agora, reserva-se o 'direito' de atacar qualquer infraestrutura militar no território do Azerbaijão

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Por Redação
Atualização:

O ministério da Defesa do Azerbaijão anunciou nesta quarta-feira, 14, que destruiu duas bases de lançamento de mísseis na Armênia que eram usados, de acordo com Baku, para atacar zonas civis no conflito do território separatista de Nagorno-Karabakh.

O ministério armênio da Defesa confirmou que algumas zonas de seu território foram tomadas como alvos e negou que suas forças tenham atacado objetivos no Azerbaijão, embora tenha destacado que se "reserva" a partir de agora "o direito de atacar qualquer infraestrutura militar no território do Azerbaijão".

Homem reza nas ruínas da Catedral Ghazanchetsots, na cidade histórica de Shusha, a 15 km de Stepanakert. Foto: Aris Messinis/ AFP

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Esta é a primeira vez desde a explosão das hostilidades, no fim de setembro, na região separatista que Baku reconhece ter atacado o território da Armênia.

Baku afirmou que suas Forças Armadas detectaram durante a noite em território armênio o deslocamento de sistemas de lançamento de mísseis preparados para o uso, em uma zona próxima a Nagorno-Karabakh, e destruíram os mesmos porque estavam destinados a ataques contra zonas civis no Azerbaijão.

A porta-voz do ministério armênio da Defesa, Shushan Stepanian, confirmou os ataques em seu território, mas desmentiu qualquer intenção de tomar como alvo zonas civis do Azerbaijão.

"O ataque foi executado com base na simples hipótese de que as instalações em questão atacariam zonas civis no Azerbaijão. A alegação não tem nenhum fundamento", afirmou no Twitter.

"Nenhum míssil, obus ou projétil foi disparado em direção ao Azerbaijão",completou. Como resposta, o exército armênio "se reserva a partir de agora o direito de atacar qualquer infraestrutura militar no território do Azerbaijão".

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As tropas azerbaijanas e as forças separatistas, com o apoio da Armênia, combatem desde o fim de setembro em Nagorno-Karabakh. A nova explosão de violência provocou mais de 600 mortos.

Uma trégua humanitária, mediada pela Rússia, deveria ter entrado em vigor no sábado, 10, para permitir a troca de prisioneiros e mortos, mas até o momento nenhum lado respeitou o acordo./ AFP

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