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Aznar lança campanha para defender apoio a Bush

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo do primeiro-ministro espanhol, José María Aznar, lançou uma campanha de propaganda para esclarecer sua posição na crise do Iraque - totalmente pró-EUA - a fim de enfrentar a opinião pública, adversa ao conflito, e a manifestação contra a guerra convocada para sábado em 60 cidades espanholas pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e as principais centrais sindicais do país. Segundo a última pesquisa, realizada pelo Instituto Opina e divulgada ontem, 91% dos espanhóis são contrários a uma guerra contra o Iraque. O Partido Popular, no governo, divulgará nos jornais, nos próximos dias, um folheto de seis páginas intitulado "Pela paz. Pela nossa dignidade", anunciou o secretário-geral da agremiação, Javier Arenas. "O governo continuará trabalhando pela paz no marco das Nações Unidas, de suas resoluções e do único acordo unânime ocorrido na União Européia", disse Arenas. A campanha do PP acusa o PSOE de promover o confronto entre a Espanha e alguns de seus principais aliados. Uma "oposição ireresponsável", segundo qualificou Arenas. Ao mesmo tempo, os líderes do PSOE, das principais centrais sindicais (UGT e CCOO) e a Izquierda Unida (IU), que dizem representar, junto com dezenas de organizações sociais, a "imensa maioria dos espanhóis", convocaram uma manifestação para o próximo dia 15 com o objetivo de, ao lado de eventos similares em outras capitais do mundo, "parar a guerra". "Só está a favor deste conflito o governo, contrapondo-se assim ao sentimento dos espanhóis e submetendo-se a Bush", afirmou o líder socialista José Luis Rodríguez Zapatero. "Temos aqui a imensa maioria dos espanhóis. A minoria são Aznar e o PP", declarou Gaspar Llamazares, coordenador da IU. O manifesto que colocará o ponto final na marcha que percorrerá o centro de Madri será lido pelo cineasta Pedro Almodóvar - um dos 1.500 assinantes, entre atores e diretores, de um manifesto contra a "lógica do terror", lido ontem em um teatro de Madri.

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