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B-2 dos EUA participam de exercícios militares na Ásia

Atualização:

Numa demonstração de força após semanas de gritaria norte-coreana, os Estados Unidos tomaram nesta quinta-feira uma medida sem precedentes ao anunciar o envio de dois bombardeiros B-2, com capacidade nuclear, para participar dos exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul. As aeronaves lançaram munição inócua numa ilha sul-coreana e retornaram para sua base nos Estados Unidos. O anúncio deve irritar Pyongyang ainda mais. A Coreia do Norte fez uma série de declarações ameaçadoras para reiterar seu descontentamento com os exercícios de guerra e a intensificação das sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU), por causa de seus testes nucleares. A missão foi projetada para mostrar "o compromisso dos Estados Unidos e sua capacidade de defender a República da Coreia e fornecer dissuasão a nossos aliados na região Ásia-Pacífico", disse o Exército norte-americano. Forças norte-americanas informaram em comunicado que os bombardeiros B-2 voaram da base aérea norte-americana no Missouri e lançaram munições numa ilha sul-coreana antes de voltarem para casa. Não estava claro se os bombardeiros, que não podem ser detectados por radar, foram usados em exercícios de guerra anteriores com a Coreia do Sul, mas esta é a primeira vez que os militares anunciam seu uso. O comunicado foi feito após um anúncio anterior dos Estados Unidos de que bombas B-52, que podem carregar ogivas nucleares, estiveram presentes nos jogos de guerra conjuntos. O anúncio deve resultar numa forte resposta de Pyongyang. A Coreia do Norte vê os exercícios militares como parte de um plano dos Estados Unidos para invadir seu território e ficou particularmente irritada com as atividades nucleares norte-americanas na região. Washington e Seul dizem que os treinamentos são rotineiros e defensivos. Também nesta quinta-feira, o secretário de Defesa norte-americano Chuck Hagel conversou pelo telefone com o ministro da Defesa sul-coreano Kim Kwan-jin e reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a defesa da Coreia do Sul, segundo comunicado do Departamento de Defesa dos EUA. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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