Bahrein acusa o Irã de interferência na política interna

Diplomata afirma que iranianos infringem soberania do reino do Golfo Pérsico

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Atualização:

MANAMA - O governo do Bahrein disse nesta quinta-feira, 17, que o Irã está fazendo "lobby" contra a monarquia bahreinita e interfere nos assuntos internos do país. A declaração ocorre um dia após uma violenta repressão das forças de segurança do Bahrein contra manifestantes xiitas, que deixou pelo menos cinco mortos.

 

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"Esse lobby iraniano é uma intervenção nos assuntos internos do reino do Bahrein e um comportamento estranho, que representa uma infração à nossa soberania", disse o subsecretário do Ministério das Relações Exteriores do Bahrein, Hamad al-Amer.

 

Al-Amer fez referências a cartas enviadas pela chancelaria iraniana à Organização das Nações Unidas (ONU), à Organização da Conferência Islâmica e à Liga Árabe, a respeito do Bahrein, informou a agência estatal bareinita BNA. O conteúdo das cartas não foi revelado, mas a agência afirma que o Irã pediu "ações efetivas das organizações a respeito do Bahrein". Na terça-feira, o Bahrein chamou seu embaixador em Teerã, reclamando da suposta interferência do Irã nos seus assuntos internos.

 

Já o Irã retirou seu embaixador de Manama, protestando contra a violência e a morte dos manifestantes xiitas. Cerca de 70% da população do Bahrein é muçulmana xiita, embora o país seja governado pela minoria sunita, da qual faz parte a dinastia Al Khalifa. O rei Ahmad Al Khalifa permitiu que 1.800 soldados da Arábia Saudita e de alguns países do Golfo Pérsico entrassem no país nesta semana, para ajudar a conter os protestos. As informações são da Dow Jones.

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