19 de maio de 2011 | 16h28
O tribunal foi estabelecido no âmbito do estado de segurança nacional, declarado pelo rei Hamad em meados de março, um dia antes do início da repressão aos protestos da maioria xiita, que exige reformas políticas. No mês passado, autoridades afirmaram que os casos de 405 detentos foram enviados para tribunais de segurança nacional. Desse grupo, 312 pessoas foram libertadas.
A agência estatal afirmou que entre os sentenciados pelo suposto sequestro estava o clérigo oposicionista Mohammed Habib al-Saffaf, conhecido como xeque Mohammed Habib al-Moqdad por seus seguidores. Os réus foram julgados em um tribunal especial com magistrados civis e militares.
O Ministério das Relações Exteriores da Suécia afirmou hoje que al-Moqdad tinha dupla cidadania, do Bahrein e da Suécia, porém as autoridades locais haviam impedido Estocolmo de contatá-lo. Um porta-voz da chancelaria afirmou que autoridades no Bahrein não reconheceram a dupla cidadania do clérigo.
O Tribunal de Apelações de Segurança Nacional sentenciou no mês passado quatro xiitas à morte e três outros à prisão perpétua, pela morte de dois policiais atropelados por carros durante os protestos. O caso gerou uma condenação da Anistia Internacional, que pediu ao Bahrein o fim das execuções. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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