Bahrein retira tanques e promete diálogo com oposição

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Por AE
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Os veículos militares, empregados na Praça Pérola na capital do Bahrein, Manama, após um violento ataque da polícia contra os manifestantes na sexta-feira, começaram a ser retirados neste sábado, uma condição que a oposição impôs para iniciar negociações.No que parece ser uma tentativa de desarmar as tensões, por volta do meio-dia do sábado, as forças militares deixaram suas posições em torno da praça, palco de demonstrações e de dois confrontos sangrentos com a polícia nesta semana. O Exército foi substituído por membros da polícia antimotim.Em comunicado enviado aos jornalistas, o governo disse que o príncipe Salman bin Hamad Al Khalifa, vice-comandante das Forças Armadas, "ordenou a retirada de todos os militares das ruas do Bahrein com efeito imediato". As forças policiais continuarão a controlar a ordem, diz a nota.Líderes da oposição insistiam na retirada das tropas para entrar nas negociações oferecidas pela família real. Enquanto os militares se retiravam, carros buzinavam em celebração e pedestres, alguns com bandeiras do Bahrein, examinavam a área que tinha estado fortemente vigiada.Os grupos de oposição dominados pelos xiitas disseram neste sábado que não negociariam com a família real enquanto os tanques não fossem tirados das ruas e o Exército parasse de disparar contra os manifestantes.Adbuljalil Khalil, líder do Al-Wafeq, maior bloco da oposição xiita no Parlamento, disse que só entraria nas negociações após a retirada dos tanques. Ele falou depois que um comitê de sete grupos de oposição formado para ajudar a articular suas demandas adiou a convocação de um protesto de massa após as forças armadas abrirem fogo contra os manifestantes na sexta-feira.O príncipe Salman fez um apelo por calma na tevê estatal minutos depois dos relatos de violência na sexta-feira. Ele pediu que todos os manifestantes deixassem as ruas e disse que, se eles saíssem, o Exército seria retirado e o "diálogo" começaria. As informações são da Dow Jones.

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