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'Balas de porco' contra jihadistas

Munição promete mandar radicais para o inferno

Atualização:

A emissora americana CBS informou que uma fabricante de munições do Estado de Idaho, nos EUA, inventou um armamento que tem como objetivo não só matar jihadistas, mas evitar que eles entrem no paraíso. Atingidos por projéteis impregnados com gordura de porco - animal cujo consumo é proibido pelo Islã -, eles morreriam em pecado, perdendo também a recompensa de 72 virgens prometidas aos mártires.

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Ao abater os combatentes islâmicos com essas balas, os clientes da South Fork Industries, de Dalton Gardens, pretendem garantir que suas vítimas não entrem no céu, em razão da "impureza" causada pelos vestígios de suínos. A empresa afirma que usa gordura de porco na tinta que envolve os projéteis, tornando-os "haram" (impuros, em árabe), como os porcos - de acordo com os muçulmanos.

"Com a Jihawg Ammo você não apenas mata um terrorista islâmico, você também o manda para o inferno", afirmou a fabricante em um texto à imprensa. Sob o lema "Paz por meio da carne de porco", a empresa qualifica a munição de um "impedimento pacífico e natural ao Islã radical", pois faz com que os "candidatos a mártires pensem duas vezes antes de lançar um ataque".

Uma reportagem do site Religion News Service reproduzida pelo Huffington Post afirma que os criadores das munições foram motivados pela revolta diante da inauguração de um centro cultural islâmico próximo ao terreno que abrigava as Torres Gêmeas, em Nova York.

Além de pregar a islamofobia, a empresa vende munições de diversos calibres - para fuzis, pistolas e espingardas. Também vende bonés e camisetas que mostram um porco armado e as frases: "Faça um favor a 72 virgens" e "Ponha algo de ham (presunto, em inglês) em MoHAMed".

Há quem discorde da eficácia da munião. "Muçulmanos, especialmente sem querer, não seriam banidos do céu por comer ou ser alvo por carne de porco", disse a professora assistente de estudos religiosos Shannon Dunn, da Universidade Gonzaga.

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