PUBLICIDADE

Banco Delta Ásia rejeita acusações dos Estados Unidos

Americanos disseram que banco ajudava norte-coreanos a lavar dinheiro e fundos foram bloqueados em Macau; liberação aconteceu na semana passada

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Delta Ásia, uma pequena instituição financeira do território chinês de Macau, acusado de ajudar a Coréia do Norte a lavar dinheiro, disse nesta segunda-feira, 16, que contesta a decisão de Washington de cortá-lo do sistema financeiro americano. Após as acusações, a autoridade monetária de Macau assumiu o controle do banco e congelou cerca de US$ 25 milhões em dinheiro do governo norte-coreano. Isso enfureceu a Coréia do Norte, que boicotaram as conversações para o desarmamento nuclear. Quando houve um acordo, uma das principais exigências dos norte-coreanos era a liberação dos US$ 25 milhões. Para o banco, as acusações do Departamento do Tesouro dos EUA "não têm fundamento" e que são politicamente motivadas, informou em comunicado. O Delta Ásia, repetidas vezes, negou saber que poderia ter ajudado a lavar dinheiro para o regime de Pyongyang. O banco se definiu como uma instituição financeira familiar, que não tem o sofisticado equipamento para combater a lavagem de dinheiro e detectar sofisticadas falsificações de dólares. No mês passado, os EUA anunciaram que o banco entrará na lista negra e bloquearam qualquer negócio entre o Delta Ásia e bancos americanos, um forte golpe em várias financeiras locais. A mudança ocorreu depois que investigadores americanos acusaram o banco de ajudar a Coréia do Norte a lavar dinheiro. Impasse Segundo diplomatas, o fato de o dinheiro não ter sido liberado fez com que o país não fechasse seu reator nuclear no sábado passado, primeiro passo para o desarmamento. O banco e oficiais de Macau não explicaram porquê o dinheiro não foi liberado. A partir do momento que o banco liberar o dinheiro, como o Delta Ásia lembrou em argumentação anterior, justificará sua própria inclusão na lista negra dos EUA, por movimentar dinheiro da Coréia do Norte, que sofre sanções. Nesta segunda-feira, um diplomata russo afirmou que a falha dos americanos em cumprir com a obrigação financeira do acordo impediu o fechamento do reator nuclear. "Não haverá nenhum progresso, até que a Coréia do Norte confirme que recebeu o dinheiro," disse o secretário Alexander Losyukov, do Ministério do Exterior da Rússia, citado pelas agências locais Interfax, Itar-Tass e Novosti. A Rússia participa do grupo de seis nações reunido para convencer Pyongyang a desistir do seu programa de armas nucleares. Segundo o acordo de fevereiro, Pyongyang concordou em fechar seu reator nuclear em troca de suprimentos de energia e concessões políticas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.