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Baradei se diz pronto para 'liderar transição' no Egito

Líder da oposição egípcia anunciou que pretende se unir aos protestos contra o governo.

Por BBC Brasil
Atualização:

ElBaradei pediu que governo não use violência para reprimir protestos O ganhador do Nobel da Paz e líder da oposição no Egito, Mohamed El-Baradei, disse nesta quinta-feira que o país precisa mudar e que ele está pronto para conduzir esse processo, caso a população assim deseje. El-Baradei, ex-diretor da AIEA, agência nuclear da ONU, falou a jornalistas no aeroporto de Viena, Áustria, enquanto se preparava para embarcar rumo ao Egito, para se unir às manifestações em curso no país. Ao menos seis pessoas morreram em confrontos que se estendem pelo terceiro dia. O governo diz que os protestos são ilegais e lançou uma ofensiva contra os manifestantes, prendendo até mil deles, segundo relatos. "Se (o povo) quiser que eu lidere a transição, não os abandonarei", disse El-Baradei. Ele afirmou que, se o governo usar violência para reprimir os protestos, as manifestações se tornarão mais agressivas. "Eu continuo a pedir ao regime que entenda que é melhor ouvir e ouvir logo, não usar violência e entender que a mudança tem de ocorrer. Não há outra opção", disse. Bolsa Policiais e manifestantes voltaram a se enfrentar nesta quinta-feira no Cairo e em Suez, e os distúrbios se espalharam para a cidade industrial de Ismaília. Também nesta quinta-feira, a bolsa de valores egípcia suspendeu temporariamente suas atividades. Minutos após sua abertura, a bolsa chegou a cair mais de 10%. Reaberta, as ações caíram ainda mais. Os protestos no Egito começaram na terça-feira e foram inspirados no levante popular na Tunísia que, há duas semanas, derrubou o presidente Zine Al-Abidine Ben Ali, que estava no poder havia 23 anos. As forças de segurança vêm reprimindo com firmeza os protestos, usando canhões de água, cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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