Barak e Arafat retomam ataques pessoais

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Por Agencia Estado
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Um motorista israelense foi assassinado na Cisjordânia nesta segunda-feira, depois de o primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, ter cancelado os contatos com Yasser Arafat antes das eleições de 6 de fevereiro, acusando o líder palestino de desencadear um "ataque de mentiras" contra Israel. Testemunhas informaram que o motorista israelense foi baleado e morto durante uma troca de tiros numa rodovia cisjordaniana entre Jerusalém e Ramallah. A vítima, Arieh Hershkovitz, de 55 anos, foi baleado por uma pessoa posicionada em um carro em movimento, de acordo com o Exército. Alguns militantes palestinos ameaçaram prosseguir com os atos violentos após a rodada de negociações de paz no balneário egípcio de Taba, encerrada sábado em meio a uma atmosfera otimista, mas sem nenhum acordo. Um dia mais tarde, Arafat e Barak voltaram a trocar acusações. Arafat, em discurso feito ontem em Davos, Suíça, acusou Israel de "perpetuar uma agressão militar fascista" durante os quatro meses de combates. Ainda segundo ele, os israelenses utilizaram munições de urânio empobrecido em suas armas. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, o Exército de Israel negou veementemente o uso de munições de urânio empobrecido. "Depois de ouvirmos os comentários de Arafat, ontem, em Davos, que foi um ataque sem fundamentos contra o Exército... e um ataque de mentiras contra o Estado de Israel, não há como continuar negociando nos próximos dias", disse Barak à rádio do Exército israelense. Barak cancelou os "contatos políticos" com os palestinos, mas disse que a cooperação na área de segurança prosseguiria, informou seu gabinete por meio de um comunicado. Havia informações segundo as quais Barak e Arafat planejavam reunir-se em Estocolmo esta semana para dar prosseguimento às negociações de Taba.

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