Barco com 50 soldados franceses chega ao Líbano

Grupo é o primeiro das tropas de paz da ONU a integrar as forças que devem garantir o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah

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Por Agencia Estado
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Um barco com um contingente de 50 soldados franceses, o primeiro grupo militar a se integrar à Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) chegou neste sábado ao porto de Nakura, no sul do país. Fontes da Finul confirmaram à Efe que os 50 militares franceses são os primeiros soldados estrangeiros a chegar ao Líbano como reforço. Sua missão é garantir o cumprimento do cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, de acordo com a resolução 1.701 do Conselho de Segurança. Paris garantiu nesta sexta-feira que enviará 200 membros do Exército francês como contribuição à força internacional de paz no sul do Líbano. Mas pediu mais medidas de segurança para aumentar sua contribuição. O Exército francês começou a preparar o desembarque do material e das tropas no porto de Nakura, onde fica a sede do quartel-general de Finul. Segundo as fontes, o desembarque em território libanês será "nas próximas horas". A Finul, postada no sul do Líbano desde 1978, contava com cerca de 2 mil militares. Mas a resolução 1.701 estabelece que o número deve subir para 15 mil, além de 15 mil soldados libaneses que vão ocupar a mesma região. Chirac quer ampla presença militar O presidente francês, Jacques Chirac, assegurou neste sábado que a Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (Finul), em fase de ampliação, deve ser equilibrada quanto à presença de contingentes, que procederão de um amplo número de países. Chirac conversou neste sábado por telefone com os primeiros-ministros da Itália, Romano Prodi; Turquia, Recep Erdogan, e Finlândia, Matti Vanhanen, segundo um comunicado da Presidência da República. O eixo destas conversas foi a operação de reforço da Finul, que deveria passar dos 2 mil soldados atuais para 15 mil, com base no respaldo da comunidade internacional ao posicionamento do Exército libanês no sul do país após o fim das hostilidades entre Israel e a milícia Hezbollah. Chirac enfatizou que é "indispensável" que exista um equilíbrio na repartição de contingentes nacionais na Finul. "Deve refletir o compromisso de toda a comunidade internacional e, em particular, dos países europeus", afirmou o presidente francês, que acrescentou que é necessário determinar o tipo de missão que a força interina reforçada terá, assim como suas prerrogativas e a cadeia de comando. A França conta atualmente com 200 soldados na Finul e na quinta-feira anunciou o envio urgente de outros 200 que chegarão ao Líbano neste fim de semana, com o objetivo de facilitar o posicionamento do Exército libanês no sul do país. Além disso, Paris afirmou que está disposto a manter seu dispositivo com vários navios e um total de 1.700 militares, que nas últimas semanas garantiu as operações de repatriação de milhares de franceses e outros ocidentais que queriam abandonar o Líbano. O anúncio não satisfez os desejos de algumas autoridades das Nações Unidas assim como dos Estados Unidos, que atribuem à França um papel de liderança na missão, devido à relação histórica e política estreita que Paris mantém com Beirute.

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