PUBLICIDADE

Barco que leva ajuda a Gaza segue para o Egito, diz Israel

Segundo repórter da BBC, pelo menos quatro navios da Marinha israelense estão escoltando o barco.

Por BBC Brasil
Atualização:

Barcos da marinha israelense estariam impedindo de chegar à Faixa de Gaza o navio líbio que pretendia furar o bloqueio imposto por Israel ao território palestino e escoltando-o para um porto do Egito, informaram nesta terça-feira representantes israelenses. Segundo o correspondente da BBC na cidade de Gaza, Jon Donnison, há informações de que pelo menos quatro barcos israelenses estão acompanhando o navio Amalthea e impedindo-o de seguir para Gaza. A TV do país divulgou uma gravação de rádio atribuída ao capitão do Amalthea dizendo que ele havia concordado em seguir para o porto egípcio de El-Arish, disse Donnison. Funcionários do porto egípcio disseram estar prontos para a chegada do barco. Em El-Arish, a ajuda humanitária seria desembarcada e transferida por terra para o território palestino. Na terça-feira, a organização líbia responsável pelo navio disse que ainda queria chegar a Gaza, mas que não iria se arriscar a enfrentar uma reação violenta por parte das forças israelenses. Diplomacia O barco de bandeira da Moldávia foi alugado por uma instituição de caridade comandada por Seif Al-Islam, filho do líder da Líbia, Muamar Khadafi, e espera levar 2 mil toneladas de comida, óleo de cozinha e remédios, além de casas pré-fabricadas, para Gaza. O navio deixou um porto na Grécia no último sábado em direção ao território palestino. Israel vinha conduzindo uma intensa atividade diplomática para tentar persuadir a tripulação a desviar de rota e rumar para El-Arish. A nova tentativa de furar o bloqueio a Gaza, imposto por Israel desde que o Hamas assumiu o território palestino, em 2007, ocorre seis semanas após outra operação israelense ter terminado com a morte de nove ativistas turcos que tentavam chegar às águas territoriais da Faixa de Gaza. Na última segunda-feira, uma investigação israelense sobre o incidente concluiu que a ação foi prejudicada por erros de comando, mas que o uso de fogo foi justificado. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.