(Atualizada às 17h05)
TRÍPOLI - Uma base da Força Aérea líbia na cidade de Tobruk decidiu se unir nesta segunda-feira, 19, às forças insurgentes leais ao ex-general Khalifa Haftar, que combatem militantes islâmicos e
atacaram o prédio do Parlamento
em Benghazi no domingo 18, exigindo a dissolução do Congresso.
Mais tarde, o principal comandante das forças especiais do Exército da Líbia disse que suas tropas também se juntaram às tropas do general. "Estamos com Haftar", disse o comandante das forças especiais, Wanis Bukhamada, em Benghazi. Não ficou claro quantos soldados apoiam o general.
As forças especiais são as tropas mais bem treinadas do novo Exército da Líbia. Elas foram mobilizadas no ano passado em Benghazi para ajudar a deter uma onda de ataques com carros-bombas e assassinatos, mas tiveram dificuldades para conter as atividades das milícias islâmicas.
Forças leais a Haftar atacaram, na sexta-feira 16, militantes islâmicos no sudeste de Benghazi, deixando mais de 70 pessoas mortas. Confrontos no fim de semana destruíram armazéns e carros na cidade. Em Trípoli, outras duas pessoas morreram.
O governo líbio denunciou o general por tentar dar um golpe enquanto autoridades tentam impor a ordem em um país repleto de milícias, que derrubaram o ditador Muamar Kadafi em 2011 e agora desafiam o governo. Não se sabe quantos insurgentes e milicianos apoiam Haftar.
Em razão da instabilidade no país, a Líbia prorrogou até o dia 25 o fechamento do aeroporto em Benghazi. O local foi atacado na noite de domingo com foguetes Grad. / REUTERS