Bases na Colômbia não afetam relações com Brasil, dizem EUA

Assessor de Segurança Nacional afirmou que presença militar não afeta amizade com América Latina

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Por Denise Chrispim Marin , de O Estado de S. Paulo e Efe
Atualização:

O assessor de Casa Branca para Segurança Nacional, general Jim Jones, afirmou nesta terça-feira, 4, que a presença de tropas dos Estados Unidos em bases na Colômbia não deve interferir "no progresso" da amizade e da cooperação dos EUA com o Brasil e demais países da região em relação a questões de interesse comum na área de segurança.

 

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Jones lidera uma delegação do Governo dos Estados Unidos que faz uma visita ao Brasil para conversar sobre assuntos de interesse bilateral e internacional, como a crise econômica mundial, a mudança climática e a atual situação em Honduras.

 

Jones fez a declaração ao final de um encontro de cerca de uma hora com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Em seguida, o general será recebido pelo assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, ao qual pretende apresentar, disse, "uma boa e satisfatória" explicação sobre a questão das bases norte-americanas na Colômbia. Ao dar essa informação, Jones confundiu o seu próprio cargo com o do assessor brasileiro e disse que Garcia era o conselheiro de Segurança Nacional do presidente Lula.

 

As reuniões do representante da Casa Branca com diferentes autoridades brasileiras acontecem dois dias antes do encontro de Uribe com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para esclarecer sobre o acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos.

 

Depois do encontro que teve pela manhã com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com os presidentes da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, e da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, o general Jones almoçou, na residência da Embaixada dos EUA, com Carlos Alberto Teixeira, assessor da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

 

O marco regulatório para a exploração de petróleo na camada do pré-sal é o principal alvo da atenção do general Jim Jones em visita oficial ao Brasil. Jones se mostra especialmente interessado em dimensionar a possível participação de companhias americanas nesse projeto. Em conversa, hoje, com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, Jones também pretende comparar dados divulgados pela imprensa sobre as reservas de petróleo do pré-sal com as estatísticas oficiais.

 

Nesse encontro, Jones espera dar um novo impulso à cooperação energética entre os dois países - a única área da relação bilateral na qual houve avanços efetivos nos últimos seis anos. Jones reservou duas horas para essa audiência. Em princípio, deverá tratar da cooperação na área de biocombustíveis, com o cuidado de não adiantar promessas de redução das tarifas de importação para o álcool brasileiro, e da evolução do programa nuclear do País.

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