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Batalha de Faluja pode ter sido inútil, dizem analistas

Por Agencia Estado
Atualização:

A retomada de Faluja, cidade que servia de base à insurgência sunita no Iraque, não quebrou a espinha dorsal da rebelião e talvez não venha a trazer o dividendo esperado pelos estrategistas americanos - garantir segurança suficiente para as eleições nacionais previstas para janeiro. Em vez disso, a batalha pelo controle da cidade agravou as divisões entre os grupos étnicos e religiosos do Iraque, alimentou o ódio aos Estados Unidos e atiçou os rebeldes. Essa avaliação é feita por alguns oficiais das Forças Armadas americanas e por analistas especializados em Iraque, e levanta dúvidas sobre a legitimidade do governo que deverá ser eleito em janeiro, principalmente aos olhos da população sunita. O general John Abizaid, comandante de todas as forças americanas no Oriente Médio, disse durante visita ao Iraque que a ofensiva de Faluja foi um golpe na rebelião. "Mas não temos ilusões. Sabemos que o inimigo continuará a lutar", afirmou. Hoje, o governo provisório do Iraque alertou que os religiosos islâmicos que incitam à violência serão considerados "participantes do terrorismo" e que alguns já foram presos. "O governo está decidido a perseguir os que incitam atos de violência. Vários clérigos de mesquitas que conclamaram publicamente ao caminho da violência foram presos e serão julgados", disse Thair al-Naqeeb, porta-voz do premier Ayad Allawi.

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