Bento 16 inicia sua primeira viagem pela África

Papa deixou Roma e deve começar viagem de uma semana por Angola e Camarões.

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Por BBC Brasil
Atualização:

O papa Bento 16 deixou Roma na manhã desta segunda-feira para iniciar sua primeira visita como pontífice pela África. A viagem deve durar uma semana e Bento 16 deve passar três dias em Camarões e então ir para Angola. Segundo o correspondente da BBC em Roma David Willey, o papa viaja a bordo de um voo fretado da Alitalia com uma delegação formada por 20 autoridades do Vaticano, seu chefe de segurança e dois integrantes da Guarda Suíça em trajes civis. No domingo, Bento 16 afirmou que queria "abraçar o continente africano, com suas feridas dolorosas, seu enorme potencial e esperança". Falando a peregrinos na praça de São Pedro, o papa afirmou que queria alcançar as vítimas da fome, de doenças, conflitos fratricidas e da violência que afeta adultos e crianças no continente. De acordo com informações do Vaticano, o número de católicos na África vem aumentando de forma constante nos últimos anos. Católicos batizados eram 17% da população da África em 2006, comparados com os 12% em 1978, segundo o Vaticano. Mas o continente africano é uma região na qual a Igreja Católica enfrenta crescente competição das igrejas evangélicas, seitas e do islamismo, de acordo com Willey. Segundo a correspondente da BBC em Camarões Caroline Duffield, moradores da capital, Iaundê, varreram e limparam as ruas, preparando a cidade para a visita de Bento 16. O papa fica em Iaundê até sexta-feira, aonde vai se reunir com bispos de todo o continente africano, que foram convocados em uma reunião em Roma, em outubro de 2008. A reunião visa discutir o papel da igreja na África. Em Angola, país que ainda se recupera de 27 anos de guerra civil, Bento 16 vai se reunir com diplomatas em Luanda e deve fazer um pedido para que a comunidade internacional não abandone a África. Ele deve falar com jovens a respeito da epidemia de Aids e explicar a razão de a Igreja Católica recomendar abstinência sexual em vez do uso de preservativos como a melhor forma de evitar a contaminação pela doença. O pontífice também deve ter reuniões particulares com líderes políticos nos dois países. Os líderes dos dois países foram acusados de corrupção e desperdício de renda obtida com os recursos naturais do país. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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