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Bento XVI reafirma compromisso com diálogo ecumênico

"Para um melhor desenvolvimento do mundo é necessária a voz comum dos cristãos, seu compromisso pelo respeito dos direitos e das necessidades de todos, especialmente dos pobres, dos humilhados e dos indefesos"

Por Agencia Estado
Atualização:

Para que o mundo seja um lugar melhor para se viver, "é necessária a voz comum dos cristãos e seu compromisso pelo respeito às necessidades de todos", afirmou o papa Bento XVI, na Polônia, onde cumpre a segunda viagem internacional de seu pontificado. Segundo ele, um de seus objetivos prioritários é o diálogo ecumênico para avançar rumo à unidade dos cristãos. Bento XVI fez essas afirmações no encontro ecumênico que manteve na igreja luterana da Santíssima Trindade com representantes das sete igrejas que formam o Conselho Ecumênico Polonês (reformadas e ortodoxas), e anunciou seu compromisso para conseguir a restituição da plena e visível unidade dos cristãos, em visita à Polônia. Na mesma igreja em que João Paulo II realizou uma prece em prol da unidade dos cristãos em 1991, seu sucessor ressaltou que a unidade "é um dom" do Espírito Santo a ser recebido "na medida em que os corações e as mentes estiverem abertos". O papa se mostrou convencido de que a união não será alcançada apenas por meio de anseios individuais. Bento XVI expressou sua satisfação pelo fato de que na Polônia a Igreja Católica e o Conselho Ecumênico realizem atividades comuns, pelos avanços registrados nos últimos anos no campo ecumênico. Caridade Bento XVI incentivou outros líderes cristãos a potencializar o dom da caridade, levando em consideração que na comunidade cristã não deve haver pobreza. "Para um melhor desenvolvimento do mundo é necessária a voz comum dos cristãos, seu compromisso pelo respeito dos direitos e das necessidades de todos, especialmente dos pobres, dos humilhados e dos indefesos", afirmou o pontífice. Antes do encontro ecumênico, Bento XVI compareceu ao palácio presidencial onde foi recebido pelo presidente Lech Kaczynski e sua família. Durante o encontro, toda a família e o papa rezaram. Depois, o pontífice cumprimentou o primeiro-ministro do país. A reunião com as confissões cristãs foi o último ato do primeiro dia em Varsóvia de Joseph Ratzinger. Amanhã rezará uma missa na praça Marechal Jozef Pilsudki, local onde João Paulo II celebrou sua primeira missa na Polônia em 1979 e no qual pediu ao Espírito Santo que descesse e renovasse "a cara da terra, desta terra". Domingo, Bento XVI visitará o campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, onde morreram mais de um milhão de judeus, cerca de 150 mil poloneses e milhares de cidadãos de outros países.

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