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Berezovsky diz que não apóia a violência para derrubar Putin

Em entrevista ao Guardian, magnata russo insinuou ter plano para derrubar regime

Por Agencia Estado
Atualização:

O magnata russo Boris Berezovsky, conhecido no Brasil por sua suposta participação no fundo de investimento MSI, parceiro do Corinthians, negou nesta sexta-feira, 13, que esteja encorajando um levante violento para derrubar o presidente russo, Vladimir Putin. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian publicada nesta sexta-feira, Berezovsky insinuou estar financiando pessoas próximas ao presidente que conspiram para dar um golpe. "É impossível mudar o regime através de meios democráticos. Não pode haver mudança sem força, pressão", disse o empresário. Reagindo à publicação da entrevista, Moscou pediu a extradição do magnata, que vive em Londres, para que ele possa ser julgado. "Eu realmente apoio utilizar outros métodos para pressionar por uma mudança pela volta da democracia. Entretanto, eu quero que fique bem claro que todos esses métodos não seriam violentos, talvez as recentes manifestações populares e ações na Geórgia e na Ucrânia sejam bons exemplos", disse Berezovsky em comunicado divulgado após o pedido de extradição. Berezovsky se referia às manifestações em massa nas ruas dos ex-Estados Soviéticos - Geórgia, em 2003, e Ucrânia, em 2004 - que subverteu a entrincheirada estrutura de poder. "Eu apoio, de fato, a ação direta. Eu não advogo ou apoio a violência", disse o multi-milionário, de 61 anos. Na entrevista que desencadeou a polêmica, Berezovsky afirma ainda que busca fomentar uma revolução e que é preciso "força" para modificar o regime. A Rússia tenta há anos extraditar Berezovsky de sua base em Londres para que ele enfrente acusações de corrupção, mas até agora não conseguiu por causa de seu status de refugiado.

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